Sarau de Tarde na Biblioteca reúne a comunidade acadêmica no IFSP - Campus Jacareí
Biblioteca cheia: música, poesia, crônica e partilha celebram a tarde de 28 de agosto.
Na quinta-feira, 28 de agosto de 2025, às 15h30, a Biblioteca do IFSP – Campus Jacareí se encheu de vida. O silêncio habitual deu lugar às vozes, ao dedilhar dos violões e ao pulsar das palavras que se espalhavam pelo ar.
O local foi preparado com esmero pelos servidores da biblioteca. Herickson Akihito Sudo Lutif, assistente em administração, participou da organização, cuidando da montagem dos varais de poesia e de detalhes que enriqueceram a experiência do sarau. Logo na entrada, flores, bebidas quentinhas, refrescos e quitutes variados — como pipoca, bolo e outras delícias — recepcionavam os participantes, tornando o ambiente ainda mais acolhedor.
O Sarau de Tarde na Biblioteca nasceu da iniciativa de João Augusto Prudenciano de Andrade Silva, auxiliar de biblioteca, que também conduziu o encontro entre músicas, poesias e crônicas. O evento reuniu estudantes, docentes e técnico-administrativos em uma tarde de arte, partilha e convivência.
A música abriu a programação, seguida da poesia, que completou a atmosfera de inspiração. Edson Toledo Albino, estudante do curso Técnico em Design, João Augusto e Gustavo Macedo Inácio Ferreira, aluno do Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, encantaram a plateia com canções de Caetano Veloso, Milton Nascimento, Paulinho Moska, Taiguara e Zeca Baleiro, entre outros. A cada acorde, a biblioteca se transformava em palco de encantamento.
As leituras poéticas também comoveram os presentes e foram seguidas de calorosas palmas. Maristela Sanches Rodrigues, professora das áreas de Arte, Desenho e Plástica, apresentou Borboletas, de Manoel de Barros, além de versos de Conceição Evaristo, autora que inspira o título da 36ª Bienal de São Paulo — Nem todo viandante anda estradas —, numa homenagem à força de sua obra.
Cecília Ramos Scaquetti, estudante do Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, sensibilizou a todos ao declamar Seu nome, de Fabrício Corsaletti, e compartilhar também um texto próprio. Seu colega Luiz Fernando Paiva Borges, do mesmo curso, apresentou poesias autorais, revelando talentos promissores da comunidade acadêmica.
A poesia seguiu viva em novas vozes. Yoran Antonelli Campos, estudante de Pedagogia, declamou com emoção seus poemas, recebendo aplausos efusivos. Já Valmir Luis Saldanha da Silva, professor de Letras, compartilhou dois poemas inéditos sobre maternidade e paternidade — versos intensos que, em breve, ganharão forma em livro. Por sua vez, Raul Eduardo Simoni Castanhari, professor de Informática, interpretou O gato do vizinho, também presente no Varal de Poesias Autorais que ornamentava o corredor de acesso à biblioteca.
As bibliotecárias também fizeram da palavra sua morada. Maria Carolina Gonçalves escreveu e leu a crônica poética O que é, afinal, uma biblioteca?, entrelaçando lembranças de sua trajetória profissional à imagem viva do espaço. Depois, apresentou a crônica Viagem longa, destino incerto…, de Rubem Alves, acrescentando ao momento um sopro de reflexão e ternura. Por fim, Ágata Nelza Gomes de Souza declamou versos escritos em sua época de doutorado, sobre o sentir do tempo e, ainda, emocionou o público ao declamar “O operário em construção” de Vinicius de Moraes. Apesar de modesta em espaço físico, acervo e infraestrutura — e sem recursos específicos para eventos —, a biblioteca se mostrou imensa no que representa. Foi a dedicação da equipe que fez toda a diferença: alguns servidores trouxeram bebidas, outros levaram quitutes, e houve ainda quem oferecesse vasos de flores que embelezaram o ambiente e deram delicadeza ao evento. Assim, na última tarde de agosto, o sarau se transformou em memória partilhada.
Esse dia evidenciou que a biblioteca vai além dos livros: é lugar de encontros, de memórias e de vida.
Como expressou em sua crônica, Maria Carolina Gonçalves:
“E agora, desejo que a nossa pequenina biblioteca seja viva.
Que cada cantinho seja mais do que um espaço de consulta: que seja palco,
cenário de momentos que merecem ser lembrados. Que tenha música, poesia, vida.”
Com afeto,
Equipe da Biblioteca
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